Grupo Cotesc surpreende público com peça “Ensina-me a Viver”

Ator e diretor Anderson Lopes. Foto: Jorda Almeida
Ator e diretor Anderson Lopes. Foto: Jorda Almeida

Nos dias 17, 18 e 20 de abril Cambuí foi cenário de uma apresentação cultural surpreendente, a peça teatral “Ensina-me a Viver”, uma adaptação do roteiro cinematográfico de Colin Hinggis do mesmo título, e apresentada pelo grupo COTESC – Cia Teatral Sérgio Cardoso, que esgotou a bilheteria todos os dias de apresentação.

A peça “Ensina-me a Viver” é a 15ª montagem teatral do grupo que foi fundado no fim de 2004, ou seja, 15 anos de estrada que teve início com a peça “A Partilha”, outro grande sucesso de bilheteria da trupe.

O ator e diretor Anderson Lopes, um dos fundadores do grupo trouxe sua experiência de 18 anos atuando, com 23 peças, sendo 15 pelo Cotesc e 12 peças de sua direção, foi quem idealizou a adaptação do filme para o palco. Disse que viu no filme de Colin Hinggis a chance de fazer um romance, que fala de viver, chorar, morrer e rir, tudo porque a peça é um composto de drama, comédia e tragédia. “…A tragicomédia que conta a história do jovem Henrique e Marina uma senhora de 79 anos se trata de uma montagem psicológica atemporal, ainda que o texto original seja da década de 70, o espetáculo trata de assuntos tabus e pertinentes ao mundo contemporâneo como suicídio, morte, política, relações transgeracionais e questões existenciais da humanidade…”, pontua Anderson.

Segundo o diretor, “Ensina-me a Viver” tem a intenção de afetar o público de forma sensível, melancólica, com alegorias de um vivenciar a vida com mais leveza e bom humor, trazendo a intenção de que as pessoas saiam do teatro não apenas como um entretenimento, mas com uma reflexão sobre o existir.

De acordo com o grupo o desenvolvimento total do projeto durou cerca de um ano, a proposta para essa montagem, foi a delicadeza que o texto exigia, pensando nisso, o estímulo aos atores foi participar de um processo de etapas, primeiro a adaptação textual, depois leitura de mesa, uma oficina de preparação dos atores para cada personagem do espetáculo e como última etapa as marcações de palco. Importante ressaltar que foi uma direção compartilhada em que os atores tinham abertura para opinar algumas questões técnicas de direção.

A apresentação trouxe algumas inovações, pois o teatro foi usado num todo pelo elenco e foi exatamente o diferencial do projeto, que o diretor explica que, como o texto trata de questões existenciais eminentes a humanidade, muitas delas do universo abstrato, a ideia era sensibilizar a plateia por várias perspectivas, inovando assim com uma plateia em cima do palco e algumas cenas os atores conduzem o movimento cênico junto da plateia e ao fundo do teatro.

Outro diferencial utilizado pelo grupo foi o uso das redes sociais e o site para publicidade e venda de ingressos do espetáculo. Segundo a produção da peça, como o projeto ficará um ano em cartaz era importante atingir as pessoas com o que elas mais usam, que são as redes sociais, com perfil no Instagram e Facebook que conduziram parte da publicidade junto ao site.

A peça tem como protagonistas Diefferson Helson no papel de Henrique e Maria Elisa como Marina, além de Dalvana Gabriela, Henrique Dias, Ana Clara Dias e Mariana Nogueira. O grupo tem como objetivo criar uma agenda no segundo semestre deste ano com apresentações pelas cidades da região do sul de Minas, além de festivais. A peça retorna aos palcos de Cambuí no mês de julho, porém será apresentada em outro espaço na cidade.

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Dilma Lopes | Jornalista
Fotos: Jorda Almeida

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